Operação da Polícia Federal pode levar Edivaldo à CPI da Covid

Senador Alessandro Vieira (Cidadania-PE) apresentou requerimento – que será votado nesta quarta-feira, 26 – para que o ex-prefeito de São Luís dê explicações sobre desvios de recursos para a pandemia investigados durante sua gestão

Investigação contra Lula Fylho pode levar Edivaldo Júnior a ter que se explicar à CPI da COVID-19 do Senado Federal

O ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (sem partido) pode ter que dar explicações a CPI da CoVID-19, do Senado Federal.

A comissão vota nesta quarta-feria, 26, Requerimento do senador pernambucano Alessandro Vieira (Cidadania) pedindo a convocação de Edivaldo e outros 11 prefeitos e ex-prefeitos que foram alvos de operação da Polícia Federal durante a pandemia.

A informação foi dada em primeira mão, nesta terça-feira, 25, pelo blog do Gilberto Léda.

Edivaldo teve a gestão como alvo da PF no dia 9 de junho doa no passado, quando agentes fizeram busca e apreensão em endereços ligados ao então secretário de Saúde, Lula Fylho, acusado de superfaturamento na compra de insumos e equipamentos para o combate à CoVID-19.

O escândalo repercutiu nacionalmente à época, o que levou à exoneração de Lula Fylho.

Requerimento com a convocação de Edivaldo Júnior à CPI da COVID-19, que deve ser votado nesta quarta-feira, 26

Mesmo depois da gestão, já em janeiro, a Polícia Federal promoveu novas buscas, desta vez na casa e no escritório de Lula Fylho, apreendendo, inclusive, dinheiro vivo.

Edivaldo nunca tratou do assunto, nem publicamente, nem entre aliados.

Agora, pode ter que dar explicações em âmbito nacional…

Fonte: Marco Aurélio D’eça

Sem vacina, pessoas entre 30 e 59 anos veem aumento de mortes em SLZ

Faixa etária que ficou na fila de espera para que as prioridades fossem atendidas pelas autoridades públicas teve forte crescimento nos óbitos desde que os mais velhos foram imunizados

As mortes por CoVID-19 na população com idade entre 50 e 59 anos aumentaram 80% no mês de abril, segundo dados dos cartórios de registro civil de São Luís.

Entre os que têm 30 e 39 anos, o percentual foi ainda maior, superando 90%.

Essas faixas etárias estão sem previsão de vacinação por causa do atendimento das chamadas prioridades; só ontem, a Prefeitura de São Luís anunciou o cadastramento de pessoas acima de 50 anos, mas ainda sem previsão de vacinação.

O aumento no número de óbitos entre os mais jovens ocorre diante da imunização dos mais velhos. A capital maranhense já vacinou – pelo menos com a primeira dose – adultos com idade acima de 60 anos, o que fez o vírus se proliferar entre os mais jovens.

Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil, base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.

Em São Luís, a faixa etária que registrou o maior percentual de aumento em relação à média para a idade desde o início da pandemia foi a da população entre 30 e 39 anos, com crescimento percentual de 98% no número de óbitos em abril na comparação com o período que vai de março de 2020 a março de 2021.

Fonte: Marco Aurélio D’eça

Com mais 210 mil imunizantes, São Luís deve ficar no topo das cidades que mais vacinaram

A capital do Maranhão, nos cinco primeiros meses de 2021 já vem ocupando posição de destaque entre as capitais que mais vacinaram no país. Agora, com o recebimento de mais 210 mil imunizantes, fica destacada das demais.

O novo lote foi enviado pelo Ministério da Saúde depois de confirmado seis casos da nova variante indiana da covid-19 em um navio chinês fundeado na costa maranhense. Um dos casos, um cidadão de 54 anos, permanece intubado no hospital UDI.

A utilização dessas vacinas acontecerá, notadamente, nas entradas e saídas da nossa ilha. Serão beneficiados também agentes públicos da limpeza urbana, pessoas com deficiência e do manejo de resíduos sólidos.

Também receberam vacinas as cidades de São José de Ribamar (36 mil), Paço do Lumiar (30 mil) e Raposa (6 mil).

Flávio Dino e Marcelo Queiroga discutem pela internet

“Incrível essa entrevista coletiva do ministro da Saúde. Ele diz que debateu sobre o Maranhão com os secretários municipais de Saúde de São Paulo e do Rio. E com o prefeito de Guarulhos. Menos com o governo do Maranhão. É impossível até entender o que eles farão”, disse o governador.

Queiroga respondeu afirmando que procurou pelo secretário de Saúde do estado nordestino, mas que ele havia sido impedido pelo chefe do Executivo local de participar do debate com o governo federal.

“Estranho, Vossa Excelência. Ao contrário do que afirma, conversei com o secretário Carlos Lula, por telefone, e o convidei para a coletiva. No entanto, ele informou que o senhor não autorizou a participação dele. Este deve ser um momento de união. Nosso único inimigo é o vírus!”, afirmou o ministro.

Flávio Dino respondeu mais uma vez, também pelo Twitter, afirmando que o secretário não foi ouvido. “E claro que ele não se dispôs a ser enfeite em coletiva. Estamos sempre à disposição para diálogos sérios. E espero que o presidente da República ouça suas recomendações, passe a usar máscaras e evitar aglomerações.”

Maranhão recebe 600 mil testes para intensificar rastreamento de casos da Covid-19

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) recebeu do Ministério da Saúde, neste domingo (23), 600 mil testes de antígeno para rastreamento de novos casos da Covid-19 nas principais entradas do Maranhão. A testagem será realizada nos aeroportos de São Luís e Imperatriz, na região portuária de São Luís e em outros pontos da Grande Ilha.

Os testes foram entregues pessoalmente pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que na oportunidade também anunciou o acréscimo de 5% de doses de vacinas contra a Covid-19 para imunização da população dos municípios de São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa.

“Nós trabalhamos juntos não só para evitar a transmissão comunitária da variante indiana, mas também para enfrentar a pandemia da Covid-19. Nosso objetivo aqui é fortalecer o Sistema Único de Saúde nessa grande ação integrada. Serão mais 300 mil doses para a Ilha e realização, de maneira pioneira no Brasil, de testagem em massa com teste de antígeno rápido”, afirmou o ministro.

O governador do Maranhão, Flávio Dino, destacou a disposição do estado em atuar como parceiro das ações para o monitoramento das portas de entrada marítimas e aéreas do território maranhense. “Tanto no que se refere a aeroportos e portos, onde o comando é da Anvisa, a Secretaria da Saúde do Estado e, creio que a do município, estão à disposição para ceder recursos humanos, a fim de que essas ações sejam possíveis dentro do planejamento feito pelo Ministério da Saúde. No que se refere à comunidade, nós já temos uma ação muito intensa e vamos ampliar isso com a disponibilização desses testes rápidos para detecção da Covid-19”, disse o governador.

Vacina contra a gripe

Para o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, a atuação conjunta é essencial para o fortalecimento das ações de vigilância e cuidado da população. “Estado e União estão de mãos dadas no sentido de fazer o que importa, que é cuidar das pessoas. O fato de termos mais vacinas para conseguirmos imunizar mais rápido a população é ótimo e trará um pouco mais de tranquilidade, assim como a testagem em massa que é extremamente importante”, ressaltou.

O ministro Marcelo Queiroga também lembrou da importância da vacinação contra a gripe, outra frente essencial para que as unidades de saúde mantenham vagas disponíveis para Covid e outras doenças prevalentes, como enfermidades cardíacas e oncológicas.

Braide garante mais 300 mil doses extras de vacina

O prefeito Eduardo Braide garantiu, durante a vinda do ministro da Saúde Marcelo Queiroga a São Luís, na tarde deste domingo (23), mais 300 mil doses extras da vacina contra a Covid-19 para a Grande São Luís. O pedido feito pelo Município vai permitir que a capital maranhense avance ainda mais na Campanha Municipal de Vacinação conforme Plano Nacional de Vacinação (PNI).

Estamos contando com o apoio do Ministério da Saúde não só para o enfrentamento da pandemia, mas, também, para essa variante da Índia que foi identificada aqui perto de São Luís. Fiz um pedido especial ao ministro para que pudesse conceder doses extras das vacinas ao município e obtivemos a garantia de que São Luís terá mais 300 mil doses para que a gente possa dar uma tranquilidade maior à população de São Luís”, destacou o prefeito Eduardo Braide ao lado de Queiroga e do secretário municipal de Saúde, Joel Nunes.

Em vista da situação quanto à chegada da cepa indiana ao país e do pedido do prefeito de São Luís, o ministro garantiu mais doses de vacinas à Grande São Luís. “O prefeito fez um pleito muito justo para ampliar a cobertura de vacinas em São Luís, que foi acatado pelo Plano Nacional de Imunização. Nós teremos [em São Luís] 5% a mais de vacina, aproximadamente 300 mil doses neste primeiro momento”, assegurou Marcelo Queiroga.

Vacinas da Pfizer e AstraZeneca são eficazes contra variante indiana do coronavírus.

Pesquisa da agência de saúde pública da Inglaterra constatou que ambas conseguiram evitar casos sintomáticos de Covid-19. As duas vacinas estão sendo usadas no Brasil. Artigo ainda não passou por revisão de outros cientistas e nem foi publicado em revista científica.

Por G1

As vacinas da Pfizer/BioNTech e de AstraZeneca/Oxford são “altamente efetivas” contra uma das variantes indianas do coronavírus, diz um estudo da agência de saúde pública da Inglaterra divulgado na noite de sábado (22). O artigo ainda não passou por revisão de outros cientistas e nem foi publicado em revista científica.

A pesquisa, feita entre 5 de abril e 16 de maio, mediu o quanto cada vacina conseguiu reduzir casos sintomáticos de Covid-19 causados pela variante britânica (B.1.1.7) e por uma das variantes indianas (B.1.617.2, uma sub-linhagem da B.1.617).

Os números constatados são os de efetividade, ou seja: o impacto real da vacina na população. A efetividade mede o quanto a vacina consegue reduzir os casos de uma doença na vida real.

Veja as principais conclusões:

  • A vacina da Pfizer/BioNTech teve uma efetividade de 88% contra casos sintomáticos de Covid-19 causados pela variante indiana (B.1.617.2) duas semanas após a segunda dose. Em relação à variante britânica (B.1.1.7), a efetividade foi um pouco maior: 93%.
  • A vacina de Oxford/AstraZeneca teve 60% de efetividade contra casos sintomáticos de Covid-19 causados pela variante indiana (B.1.617.2) após a segunda dose. Em relação à variante britânica (B.1.1.7), a efetividade também foi um pouco maior: 66%.
  • Ambas as vacinas tiveram 33% de efetividade contra casos sintomáticos de Covid-19 causados pela variante indiana (B.1.617.2) após a primeira dose. Em relação à variante britânica (B.1.1.7), a efetividade de ambas era de 50%.
  • A diferença na efetividade entre as vacinas após as duas doses pode ser explicada pelo fato de que o início da aplicação da segunda dose da vacina de Oxford/AstraZeneca só ocorreu depois do da Pfizer/BioNTech, disseram os pesquisadores.
  • Eles também pontuaram que outros dados sobre perfis de anticorpos mostram que leva mais tempo para atingir a efetividade máxima com a vacina de Oxford/AstraZeneca.
  • Um outro ponto é que, assim como com outras variantes, níveis ainda mais altos de efetividade são esperados contra a hospitalização e morte por Covid. Hoje, os casos e períodos de acompanhamento não são suficientes para estimar a efetividade das vacinas contra casos graves pela variante B.1.617.2. A agência vai continuar avaliando isso nas próximas semanas.

“Esperamos que as vacinas sejam ainda mais efetivas na prevenção de hospitalização e morte, por isso é vital receber ambas as doses para obter proteção máxima contra todas as variantes existentes e emergentes”, destacou a chefe de imunização da agência de saúde pública da Inglaterra, Mary Ramsay, e autora sênior do estudo.

O secretário de Saúde do país, Matt Hancock, reforçou: “é claro o quão importante é a segunda dose para garantir a proteção mais forte possível contra a Covid-19 e suas variantes – peço a todos que agendem sua vacinação quando for oferecida”.

“Agora podemos ter certeza de que mais de 20 milhões de pessoas têm proteção significativa contra essa nova variante, e esse número está crescendo à medida que mais e mais pessoas recebem a segunda dose vital. Quero agradecer aos cientistas e médicos que trabalharam sem parar para produzir esta pesquisa”, declarou Hancock.

Uma análise separada da agência indicou que o programa de vacinação contra a Covid-19 no país evitou, até o dia 9 de maio, 13 mil mortes e cerca de 39,1 mil hospitalizações de idosos na Inglaterra.

Vacinação no Brasil

No Brasil, um levantamento feito pelo G1 com dados do DataSUS mostrou que, 4 meses após o início da vacinação, apenas 39% dos idosos tomaram ambas as doses de uma vacina no país.

Apenas 9,72% da população brasileira já recebeu as duas doses de alguma das 3 vacinas contra a Covid aplicadas no país: CoronaVac, Pfizer ou Oxford/AstraZeneca. Na Europa, em comparação, esse percentual é de 16,5%. Nos Estados Unidos, é de 38,9%.

Flávio Dino rebate acusação de Marcos Rogério sobre uso da cloroquina

Há pouco, o senador exibiu durante a CPI um vídeo em que o governador supostamente defende a cloroquina

O governador do Maranhão, Flávio Dino, rebateu as críticas do senador Marcos Rogério (DEM-RO) feitas durante a CPI da Covid.

“A respeito de manipulação de vídeo, de abril de 2020, na CPI do Senado, o documento abaixo prova a posição oficial que adotamos em maio de 2020. Jamais carreguei caixa de remédio nem tentei empurrar nas pessoas (ou em emas). Não aceito ser nivelado com irresponsáveis”, disse Dino.

Há pouco, Rogério exibiu um vídeo em que Dino supostamente defende a cloroquina. Na gravação, feita em abril do ano passado, o governador defende as orientações médicas.

No Twitter, Dino chamou Jair Bolsonaro de irresponsável.

“Em razão de debate na CPI do Senado, é muito fácil distinguir duas condutas: 1) a de um gestor irresponsável que empurra remédios sem habilitação técnica; 2) a de um gestor que disse, no dia 10 de abril de 2020, que respeitava as orientações médicas. A 2ª atitude foi a minha.”

100 pessoas de SLZ tiveram contato com indianos infectados

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) recomendou a testagem, o isolamento e o acompanhamento de pelo menos 100 pessoas que tiveram contato, em São Luís, com os tripulantes indianos do navio Mv Shandong Da Zhi infectados pelo novo coronavírus.

Mais cedo, o secretário Carlos Lula confirmou em coletiva que seis dos 15 que contraíram Covid-19 na embarcação testaram positivo para a variante B.1.617, ou “cepa indiana”.

Destes, apenas um segue internado em hospital da rede particular de São Luís. Todos os demais estão isolados no próprio navio.

Essa variante possui três versões, com pequenas diferenças: a B.1.617.1, a B.1.617.2 e a B.1.617.3, todas descobertas na Índia.

A análise genética revelou que o trio apresenta mutações importantes nos genes que codificam a espícula, a proteína que fica na superfície do vírus e é responsável por se conectar aos receptores das células humanas e dar início à infecção,.

Na prática, as novas mutações encontradas nessas variantes podem representar uma maior facilidade de infecção pelo novo coronavírus, necessitando de menor carga viral maior.

Apesar disso, as vacinas já em uso parecem ser eficazes também contra esta cepa.