EDIVALDO HOLANDA: TERCEIRA VIA OU DESVIO?

Edivaldo Holanda não é uma terceira via: é um desvio. Se ele, de fato, se candidatar a governador e perder (muito possível) abrindo mão de uma cadeira federal certa, ficará sem mandato, deixando sua carreira política em suspense, no vácuo. Se ganhar (pouco possível), será um fenômeno, e não deverá favor a ninguém, a não ser a Deus.

Tudo isso acontecendo num partido bolsonarista, onde paira a figura de Roberto Rocha, nome preferencial no coração de Bolsonaro. E aqui, Edilázio, presidente do PSD estadual, pode estar engordando cobra para devorá-lo, pois há uma forte possibilidade, no caso de Edivaldo não avançar nas pesquisas, dele decidir candidatar-se a deputado federal, comprometendo o mandato do próprio Edilázio, afinal, o partido não teria oxigênio para eleger dois federais.

Por tais cenários, Edivaldo, desde sua postura no muro das eleições municipais, é um candidato bissexto, sem órbita definida, podendo se colidir com qualquer outro projeto de candidatura que se aproxime dele, quer majoritária, quer proporcional. Edivaldo não é uma panaceia capaz de gerar um anjo, cruzando hiena com leão.


Salvo a certeza de um mandato federal líquido e certo para si mesmo, seguir Edvaldo é seguir um desvio que pode levar ao paraíso ou a um abismo. Não há certeza nesse jogo de dados em areia movediça.

Lula vai controlar decisões sobre alianças do PT nos estados

Interlocutores do ex-presidente Lula dizem que um dos pontos a serem tratados na reunião marcada para a segunda-feira (9/8) será a subordinação dos diretórios estaduais às decisões tomadas pela Executiva Nacional do PT.

Aglutinar o poder decisório no comando do partido foi a forma que Lula encontrou para evitar rebeliões internas na sigla. Nas eleições municipais de 2020, o PT teve de lidar com a pecha de partido desunido em função dos conflitos que surgiram em diversos estados. Cizânias foram registradas em Pernambuco, Ceará e São Paulo.

Ao que parece, a maioria dos dirigentes estaduais concordou com a decisão.

No Maranhão, o partido está dividido hoje entre as candidaturas ao governo do senador Weverton Rocha (PDT) e do vice-governador, Carlos Brandão (PSDB).

Maioria da bancada do MA é contra o voto impresso

De O Estado

A comissão especial da Câmara dos Deputados sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/19, que torna obrigatório o voto impresso, rejeitou na quinta-feira, 5, o substitutivo apresentado pelo relator, deputado Filipe Barros (PSL-PR). Foram 23 votos contrários ao parecer, ante 11 votos favoráveis.

Por indicação do presidente da comissão especial, deputado Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), o parecer vencedor caberia ao deputado Júnior Mano (PL-CE), que declinou da função. Pelas regras, o parecer vencedor deverá refletir a posição majoritária no colegiado ou até sugerir o arquivamento, após uma nova reunião.

Durante a votação, os deputados Aliel Machado (PSB-PR) e Paulo Ganime (Novo-RJ) defenderam a adoção de mecanismos que, mantido o atual sistema, permitam a auditoria dos votos colhidos com urnas eletrônicas. “Mas retornar à contagem manual de votos em papel é retrocesso”, ponderou Machado.

A bancada maranhense na Câmara tinha dois membros no colegiado: os deputados Edilázio Júnior (PSD) e Marreca Filho (Patriota). Ambos votaram contra a PEC. “O sistema que utilizamos é extremamente eficiente”, opinou Edilázio.

O posicionamento dos dois representantes do Maranhão na comissão especial parece ser majoritário entre a bancada. Na sexta-feira, 6, O Estado ouviu mais cinco parlamentares, e apenas o deputado Aluisio Mendes (PSC) mostrou-se a favor da PEC.

Eles agora precisarão votar o tema em plenário, porque o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) anunciou que a decisão sobre a PEC será tomada pelo Plenário da Casa. Segundo Lira, a proposta é polêmica e tem dividido o país, e, por essa razão, é preciso da análise dos 513 deputados para uma definição. Para ele, “a disputa já foi longe demais.

Eu, em tese, sou favorável ao sistema auditável. Eu acho que um sistema que venha a criar mais um sistema de auditagem da lisura das eleições, só vem acrescentar a nossa democracia”, destacou.

Para ele, contudo, a proposta tem enfrentado resistências por conta do “viés ideológico” que tomou o debate.

“Infelizmente, essa discussão agora está contaminada pelo viés ideológico. Nós não estamos mais discutindo se o voto auditável é bom para a democracia, se é bom para s eleições, ou não. Nós estamos discutindo se um pleito, uma bandeira do governo Bolsonaro deve, ou não, ser aprovado”, completou, acrescentando que vê “clima desfavorável” à proposta.

Golpe?

O deputado João Marcelo tem postura firme contra a proposta. Para ele, o debate, na verdade, escamoteia uma tentativa de se impedir as eleições do ano que vem. “Um absurdo! Um verdadeiro retrocesso”, frisou.

“Além das declarações do ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, de que não haverá eleições em 2022 se o texto da PEC não passar no Congresso, e a posição do presidente da República, Jair Bolsonaro, no ataque às urnas eletrônicas, o que o relator Felipe Barros sugere é ainda pior. O Congresso não pode, nunca, se deixar intimidar. Qualquer pressão do Poder Executivo sobre o Legislativo sobre se vai ter ou não eleição, com ou sem voto impresso, é inválida no regime democrático. Vai depender de o Congresso Nacional decidir. Isso tudo, eu vejo como uma tentativa de impedimento das eleições em 2022”, destacou.

Já o deputado Rubens Júnior (PCdoB), avalia que o voto impresso é “caro, ineficaz, suscetível a fraude”. “Nosso sistema de votação é um dos melhores do mundo e já é auditável”, opinou.

Também ouvidos pela reportagem de O Estado, os deputados Juscelino Filho (DEM) e Zé Carlos (PT) têm opinião parecida sobre o assunto.

Ambos confiam na segurança das urnas eletrônicas e do atual sistema de conferência e totalização de votos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Sou contra [o voto impresso], ainda mais da forma como estava no texto votado ontem [quinta-feira, 5] na comissão especial, e também da forma como foi posto o debate na rua. Essa mudança agora, se aprovada dessa forma, só iria trazer questionamentos, confusão, insegurança e instabilidade ao nosso sistema eleitoral e nossa democracia”, disse o democrata.

E completou: “Até hoje não houve nenhuma suspeição ou denúncia concreta comprovada sobre a lisura e a qualidade dos pleitos”.

Retrocesso

Para o petista “o critério atual é seguro”, tanto para a votação, quanto para a totalização. Ele avalia, ainda, como retrocesso a possibilidade de impressão de votos. O parlamentar também acredita que o debate tem sido estimulado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para manter uma “política de conflito”.

“Não aprovo o voto impresso, tendo em vista que, em primeiro lugar, o critério atual é seguro. Em segundo lugar, é retrocesso que somente serviria pra fraudes e votos de cabresto, e, por último, é apenas um pretexto de Bolsonaro pra continuar com sua política de conflito”, comentou.

Braide sobre candidatura a governador: ‘Intenção é cuidar bem da cidade’

O prefeito de São Luís, Eduardo Braide (Podemos), declarou hoje, 2, em entrevista ao programa Ponto Final, da Mirante AM, que, pelo menos por ora, não pensa em candidatura ao Governo do Estado em 2022.

O nome dele vem sendo ventilado por alguns aliados, dada a grande aprovação do mandato até agora.

“Nesse momento, realmente, a intenção é cuidar bem da cidade. As minhas energias, os meus esforços, os meus cuidados, estão em fazer de São Luís uma cidade melhor”, disse.

O gestor da capital acrescentou, contudo, que “o futuro a Deus pertence”, embora reafirme que “o momento agora é de trabalhar pela cidade”.

Não tem razão de briga’, diz Flávio Dino sobre disputa Brandão x Weverton

O governador Flávio Dino (PSB) tratou com bom humor, no fim de semana, a disputa política entre seus aliados Carlos Brandão (PSDB) e Weverton Rocha (PDT) pelo apoio do Palácio dos Leões na disputa pelo Governo do Maranhão em 2022.

E, discurso na cidade de Lagoa do Mato, o socialista disse que “não tem razão de briga”.

“Dizem que eles tão brigando, que vão brigar, mas os bichinhos tão bonitinhos aí. Olha aí, Não tem razão de briga, rapaz. Conversando, tudo se arruma. Como dizia meu saudoso e querido pai: ‘É no andar da carruagem que as abóboras se ajeitam’”, declaoru.

Brandão e Weverton estavam no palanque, e riram muito da situação.

Adriano Sarney anuncia que disputará eleição em 2022

O deputado estadual Adriano Sarney (PV) rompeu um período em silêncio e confirmou, nesta segunda-feira, 19, que seguirá na política.

A blog do jornalista Diego Emir, ele afirmou que continuará no PV, mas adiantou que pode tentar, se não uma reeleição, uma vaga na Câmara dos Deputados.

“Sou presidente do PV. Vou continuar no partido e sou candidato a estadual ou federal, vai depender das definições das regras eleitorais”, afirmou.

Adriano Sarney (PV) acrescenta que a possibilidade de lançar-se candidato a deputado federal tem a ver com uma pretensão nacional do partido.

Lourival Serejo mantém posição firme em defesa da votação eletrônica

Por Ribamar Corrêa

Com o peso da responsabilidade de quem deve comandar as eleições do ano que vem no Maranhão, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Lourival Serejo vem se colocando na linha de frente dos magistrados que erguem barricadas contra a tentativa do presidente Jair Bolsonaro de desacreditar e modificar o já testado e atestado sistema de votação eletrônica brasileiro, hoje uma referência para países de todos os continentes.

Em conversa com colegas e outros interlocutores, expondo sua experiência e seriedade, uma vez que não tolera desvios de qualquer natureza e em qualquer segmento da máquina pública, a começar pela eleitoral, o desembargador Lourival Serejo afirma, categórico, que o sistema de votação eletrônica é seguro, à prova de fraude e que eleição lhe são acrescidos mecanismos que o tornam cada vez mais seguro e confiável.

Não vê razão para se gastar R$ 2,5 bilhões para dotar o sistema desse dispositivo, que não tem nenhuma razão de ser.

Isso significa dizer que, por ele, nada será mudado no sistema de votação eletrônica.

Dino diz que MA seguirá no caminho da honestidade com Brandão

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), voltou a tecer elogios públicos ao seu vice-governador, Carlos Brandão (PSDB).

Durante evento em Viana, ao mencionar seu parceiro de chapa desde as eleições de 2014 – que assumirá o comando do Estado a partir de abril de 2022 -, o socialista fez referência ao fato de que, com Brandão, o Maranhão poderá seguir no trilho “da honra, da honestidade, da decência”.

O TRADUZIR-SE DE ROSEANA

Em pesquisa recente do DATAILHA, do Jornal Pequeno, Roseana continua em primeiro lugar na preferência dos maranhenses na eleição de 2022 para governador, dez pontos à frente de Weverton, o segundo. Parece, após três amostragens de institutos diferentes, em datas diferentes, que essa preferência está se cristalizando, a exemplo do que aconteceu com o atual prefeito Eduardo Braide.

Quais as causas desse fenômeno, desse RECALL favorável à Roseana, que sequer disse, ainda, que é candidata a governadora? Para onde foi a tal catinga do Sarney? Virou perfume na Rosa da Esperança? Uma pesquisa qualitativa talvez dê boas respostas a essas e outras indagações.

Mas alguns sinais são visíveis a olho nu de qualquer eleitor. O governador Flávio Dino não moldou seu sucessor no tempo certo, talvez na esperança de que Márcio Jerry, seu candidato ideal, fosse ocupando esse espaço naturalmente, o que não aconteceu, e agora, Inês já morta, é tarde para acontecer.

Com um racha evidente dentro do grupo dinista, fratura exposta e insanável, o governador tem aprovação popular muito boa, mas não consegue transferir essa aprovação automaticamente a um candidato indicado por ele, o que faz a população, aí sim, lembrar automaticamente de Roseana que fez gestões exitosas no passado, sendo, para o eleitorado, Porto Seguro e não uma aventura diante de nossa realidade tão nebulosa.

Claro que o governador tem o Carlos Brandão, com todo seu potencial de agregamento e amplas alianças possíveis, sentado na cadeira do poder com um Flávio Dino bem avaliado ao seu lado, e um pragmático Márcio Jerry construindo pontes (três bons mosqueteiros, portanto). Mas já não é sopa no mel, favas contadas, “O Estado sou eu.”

Sangrando internamente, apagando o fogo amigo, o governador tem que tocar sino e acompanhar procissão. O esforço, agora, em plena premência de tempo, será redobrado, hercúleo. O marketing será redobrado, o discurso será redobrado, a missão pela pacificação interna será redobrada, a humildade também, a sabedoria também.

O dividir para governar está feito pelas próprias disputas autofágicas e internas do governo. Mas quem governará? O povo, com olhos atentos de quem tem o veredito final, está traduzindo todo esse cenário. A Roseana, também; lembrada e lembrando o poeta, a propósito do ser, e da política também: “Uma parte de mim pesa, pondera…/Uma parte de mim é permanente;/outra parte se sabe de repente./Traduzir uma parte na outra parte-/que é uma questão de vida ou morte-/será arte?”

Brandão aposta no consenso do grupo Dino para a escolha de sucessor

Em entrevista ao quadro Bastidores, da TV Mirante, na manhã desta quarta-feira (30), o vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão voltou a afirmar o que vem defendendo há muito tempo, quando o assunto é processo eleitoral.

“Eu luto pelo consenso, pela unidade, e acredito que o governador Flávio Dino vai encontrar esse momento” sustentou – ao perguntado sobre a escolha do candidato do grupo ao governo do Estado. Aproveitou para dizer que acredita na unidade, mas que isso depende também dos outros pretendentes. Falou ainda que é importante pensar na continuidade do trabalho que vem sendo feito. “O Maranhão atingiu um patamar do qual a gente não pode mais abrir mão”, destacou, ressaltando que o governador Flávio Dino tem muito poder de articulação e habilidade para conduzir esse processo.

Brandão, no entanto, mais uma vez disse que ainda não é hora de falarmos em candidaturas. Para ele, o foco continua sendo auxiliar o governador na gestão do governo, já que as pessoas não estão preocupadas, agora, com eleição.

“É lógico que a gente, enquanto classe política, não deixa de debater sobre esses temas. Mas, não coloco isso como prioridade. Eu coloco como centro de nossa atenção a geração de emprego, o atendimento às pessoas e o combate à Covid-19. Esse que tem sido o meu foco e o do governador Flávio Dino”, reforçou o vice-governador.