U2 LIDERA RANKIN

U2 lidera ranking da Billboard de artistas mais lucrativos da música

REUTERS/Dylan Martinez

 

De Nova York (EUA)

23/07/2018 19h08

O U2 pode não ser uma novidade da música, mas os roqueiros irlandeses foram os que mais ganharam dinheiro nos Estados Unidos no ano passado, informou a Billboard em sua pesquisa anual nesta segunda-feira.

O U2 ganhou US$ 54,4 milhões no ano passado mais de 95% vindo de suas turnês, já que Bono e sua banda lotaram estádios com os shows que marcaram 30 anos do álbum “The Joshua Tree”. A turnê passou pelo Brasil em outubro de 2017.

O astro country veterano Garth Brooks ficou em segundo lugar, com US$ 52,2 milhões, com sua grande turnê lançada em 2014. O Metallica aparece em terceiro lugar, com US$ 43,2 milhões. Lady Gaga terminou na sexta posição.

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TECNOLOGIA

Como dois estranhos se juntaram para criar o Dropbox – e ganharam bilhões

BBC

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  • Dropbox/Divulgação

    Drew Houston e Arash Ferdowsi, fundadores do Dropbox

  • Drew Houston e Arash Ferdowsi, fundadores do Dropbox

A série da BBC The Boss faz, semanalmente, o perfil de um líder empresarial diferente. Nesta semana, conversamos com Drew Houston, fundador e diretor-executivo da Dropbox, empresa americana de armazenamento em nuvem.

Drew Houston diz que sentiu como se tivesse apenas duas semanas para “encontrar um estranho para se casar”.

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Em 2007, o então jovem de 24 anos estava desesperado para obter um financiamento para concretizar sua ideia de iniciar um negócio de armazenamento de dados.

Um dos financiadores de maior prestígio do Vale do Silício – o Y Combinator – estava disposto a apostar em Houston e no Dropbox, mas havia um problema: exigiam que ele conseguisse um parceiro de negócios.

Obstáculo para o sucesso

O argumento era de que as novas empresas têm muito mais chances de sucesso se tiverem mais de um fundador, mais de uma pessoa para tomar decisões e lidar com a carga de trabalho.

O problema de Houston era que, por diversos motivos, nenhum de seus amigos podia embarcar no negócio. Então, ele teve apenas duas semanas para encontrar um completo estranho para se tornar seu cofundador.

“Foi como receber um e-mail do reitor de admissões de sua faculdade favorita, mas o prazo para inscrição era nas próximas duas semanas e você precisa se casar naquele tempo, não apenas ter um encontro”, diz ele.

Houston conseguiu – depois de uma conversa de duas horas – convencer um estudante de 22 anos chamado Arash Ferdowsi a deixar a universidade e se juntar a ele. Ferdowsi era amigo de um amigo, mas ele e Houston nunca tinham se encontrado antes.

Isso foi há 11 anos. Hoje, a sede do Dropbox, em São Francisco (EUA), está avaliada em mais de US$ 12 bilhões (cerca de R$ 46,2 bilhões), enquanto o patrimônio líquido de Houston é calculado em US$ 3 bilhões (R$ 11,5 bilhões) e o de Ferdowsi em US$ 1,3 bilhão (R$ 5 bilhões).

Ideia em movimento

A inspiração para começar um novo negócio pode surgir em qualquer lugar e, para Houston, foi num ônibus entre Boston e Nova York no final de 2006.

Recém-formado em Ciências da Computação pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), ele pretendia usar sua jornada de seis horas para trabalhar em algumas ideias de projetos anteriores. Mas quando sentou em sua poltrona, Houston percebeu que havia esquecido o cartão de memória que continha todos os arquivos.

“Fiquei muito frustrado porque senti que aquilo acontecia frequentemente”, diz ele. “Eu não queria passar por aquilo novamente, então, não tendo mais nada a fazer, comecei a escrever um código [para encontrar uma solução] sem ter ideia do que se ele tornaria.”

O que Houston criou foi a ideia do Dropbox – um armazenamento remoto que os usuários podem acessar online onde quer que estivessem. Em duas semanas, ele criou o protótipo e inventou o nome.

Poucos meses depois, o Y Combinator manifestou interesse, e Houston voltou ao MIT para conhecer Ferdowsi, que estudava Engenharia Elétrica e Ciências da Computação em sua antiga universidade.

Houston, que hoje tem 35 anos, diz: “Nos encontramos no centro estudantil por uma ou duas horas. Arash desistiu dos estudos na semana seguinte”.

“Em retrospecto, isso foi muito louco… Tenho certeza de que seus pais tinham um plano diferente para ele, que envolvia concluir a faculdade. Mas ele estava realmente animado para fazer isso. E eu não sei se sabíamos exatamente onde estávamos nos metendo.”

Mudando-se para a base do Y Combinator no Vale do Silício, o Dropbox foi lançado em 2008.

Para atrair seus primeiros clientes, fez vídeos promocionais que foram colocados em sites de discussão, como o Reddit e o Slashdot. O objetivo era fazer com que os influenciadores do setor de tecnologia começassem a usar o serviço na esperança de que falassem positivamente sobre o produto, e o número de usuários crescesse graças a isso.

Foi um sucesso. Eles conseguiram 5 mil usuários em uma lista de espera e, em poucos dias, o Dropbox tinha 75 mil inscrições. Em seguida, passou de 100 mil usuários para 200 mil “em algo como 10 dias”.

O número de usuários aumentou ainda mais rápido quando Houston e sua equipe criaram um esquema de benefícios para incentivadores. Isso oferecia aos clientes do Dropbox mais espaço de armazenamento gratuito caso convencessem um amigo a se inscrever. A outra pessoa também teria mais espaço livre e assim por diante.

Isso atraiu milhões de novos clientes e chamou a atenção de Steve Jobs, fundador da Apple, que fez uma oferta para comprar o negócio em 2011.

Segundo Houston, Jobs não reagiu bem quando a oferta foi recusada. A Apple lançou seu próprio serviço de armazenamento em nuvem no final de 2011, o iCloud, mas isso não impediu o crescimento do Dropbox.

Capitalização bilionária

Hoje, o Dropbox tem mais de 500 milhões de usuários registrados, dos quais 11,5 milhões pagam uma assinatura anual por mais armazenamento. Isso inclui mais de 300 mil clientes corporativos.

A empresa subiu no índice Nasdaq no início deste ano e sua capitalização de mercado – o valor total de todas as suas ações – atualmente está em mais de US$ 12 bilhões (R$ 46,2 bilhões). Suas receitas anuais ultrapassam US$ 1 bilhão (R$ 3,85 bilhões) e conta com uma força de trabalho global de mais de 2 mil pessoas.

O analista de tecnologia Ben Wood, do grupo de pesquisa CCS Insight, diz que há inúmeras razões para o sucesso do Dropbox, como a facilidade de uso geral e é “o fato de permitir que as pessoas salvem e compartilhem facilmente fotos, vídeos e outros arquivos grandes que servidores de e-mail ainda são incapazes de processar”.

Houston diz que ele e Ferdowsi, que permanece na equipe de gerenciamento, continuam trabalhando bem juntos.

Sobre seu papel específico como executivo-chefe, Houston diz que seu objetivo hoje é garantir que a equipe ignore o sucesso da recente cotação de ações e, em vez disso, “mantenha o foco no motivo de estarmos aqui – fazer os clientes felizes”.