Intervalo de vacina da Pfizer deve ser reduzido de 3 meses para 21 dias

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou à coluna da jornalista Mônica Bergamo, nesta segunda (26) que é “muito provável” que a pasta anuncie a redução do intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina da Pfizer no Brasil.

Em vez de esperar três meses pela segunda aplicação, os que foram ou ainda serão imunizados com a vacina receberão o reforço no intervalo de 21 dias.

O tempo é o previsto na bula da vacina da Pfizer, mas o Ministério da Saúde decidiu, no passado, ampliá-lo para três meses para conseguir imunizar mais rápido um maior número de pessoas com a primeira dose.

“Naquele momento, não tínhamos certeza da quantidade de doses de Pfizer que receberíamos neste ano e optamos por ampliar o número de vacinados com a primeira dose. Mas agora temos segurança nas entregas e dependemos apenas da finalização do estudo da logística de distribuição interna dos imunizantes para bater o martelo sobre a redução do intervalo da Pfizer para 21 dias”, afirma o ministro. “As simulações de logística já estão sendo finalizadas”, segue.

Maranhão recebe novas doses de vacinas da Pfizer e AstraZeneca

O Maranhão recebeu novas doses de vacinas para reforçar a campanha de combate à Covid-19. As 36.270 novas doses de Pfizer e 144.500 doses de AstraZeneca foram encaminhadas à Central de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (CEADI-MA) da Secretaria de Estado da Saúde (SES), onde serão separadas para a distribuição aos municípios.

“Temos agilizado a organização das vacinas que chegam semanalmente para envio imediato aos municípios maranhenses. Dessa forma, honramos com o nosso compromisso de entregar os imunizantes em segurança, para que a vacinação da população seja realizada o mais rápido possível”, conta o secretário adjunto de Articulação Institucional da SES, Tiago Fernandes.

As vacinas da Pfizer são armazenadas em ultrafreezers, aparelhos que garantem a conservação adequada da vacina e podem chegar a temperatura de -86°. A remessa é destinada a primeira dose de pessoas entre 50 e 54 anos, pessoas com comorbidades, gestantes e puérperas com comorbidades e pessoas com deficiência permanente, além da aplicação da segunda dose.

Já as 144.500 doses de AstraZeneca, chegam para a primeira dose de pessoas entre 50 e 54 anos e continuação do esquema vacinal, com a aplicação da segunda dose. A imunização pode acontecer também de acordo com o andamento da vacinação nos municípios.

As remessas desta quarta-feira (21) somam-se às 97 mil doses que chegaram nesta terça-feira (20), sendo 36.400 de AstraZeneca e 60.600 de CoronaVac. Até a sexta-feira (23), o Governo terá concluído a distribuição dos imunizantes que chegaram nesta semana.

Com a nova remessa, o Maranhão já recebeu 4.681.400 doses de vacinas, sendo 1.385.540 doses da CoronaVac, 2.714.250 doses da AstraZeneca, 471.510 doses da Pfizer e 110.100 doses da Janssen.

Vacinas da Pfizer e AstraZeneca são eficazes contra variante indiana do coronavírus.

Pesquisa da agência de saúde pública da Inglaterra constatou que ambas conseguiram evitar casos sintomáticos de Covid-19. As duas vacinas estão sendo usadas no Brasil. Artigo ainda não passou por revisão de outros cientistas e nem foi publicado em revista científica.

Por G1

As vacinas da Pfizer/BioNTech e de AstraZeneca/Oxford são “altamente efetivas” contra uma das variantes indianas do coronavírus, diz um estudo da agência de saúde pública da Inglaterra divulgado na noite de sábado (22). O artigo ainda não passou por revisão de outros cientistas e nem foi publicado em revista científica.

A pesquisa, feita entre 5 de abril e 16 de maio, mediu o quanto cada vacina conseguiu reduzir casos sintomáticos de Covid-19 causados pela variante britânica (B.1.1.7) e por uma das variantes indianas (B.1.617.2, uma sub-linhagem da B.1.617).

Os números constatados são os de efetividade, ou seja: o impacto real da vacina na população. A efetividade mede o quanto a vacina consegue reduzir os casos de uma doença na vida real.

Veja as principais conclusões:

  • A vacina da Pfizer/BioNTech teve uma efetividade de 88% contra casos sintomáticos de Covid-19 causados pela variante indiana (B.1.617.2) duas semanas após a segunda dose. Em relação à variante britânica (B.1.1.7), a efetividade foi um pouco maior: 93%.
  • A vacina de Oxford/AstraZeneca teve 60% de efetividade contra casos sintomáticos de Covid-19 causados pela variante indiana (B.1.617.2) após a segunda dose. Em relação à variante britânica (B.1.1.7), a efetividade também foi um pouco maior: 66%.
  • Ambas as vacinas tiveram 33% de efetividade contra casos sintomáticos de Covid-19 causados pela variante indiana (B.1.617.2) após a primeira dose. Em relação à variante britânica (B.1.1.7), a efetividade de ambas era de 50%.
  • A diferença na efetividade entre as vacinas após as duas doses pode ser explicada pelo fato de que o início da aplicação da segunda dose da vacina de Oxford/AstraZeneca só ocorreu depois do da Pfizer/BioNTech, disseram os pesquisadores.
  • Eles também pontuaram que outros dados sobre perfis de anticorpos mostram que leva mais tempo para atingir a efetividade máxima com a vacina de Oxford/AstraZeneca.
  • Um outro ponto é que, assim como com outras variantes, níveis ainda mais altos de efetividade são esperados contra a hospitalização e morte por Covid. Hoje, os casos e períodos de acompanhamento não são suficientes para estimar a efetividade das vacinas contra casos graves pela variante B.1.617.2. A agência vai continuar avaliando isso nas próximas semanas.

“Esperamos que as vacinas sejam ainda mais efetivas na prevenção de hospitalização e morte, por isso é vital receber ambas as doses para obter proteção máxima contra todas as variantes existentes e emergentes”, destacou a chefe de imunização da agência de saúde pública da Inglaterra, Mary Ramsay, e autora sênior do estudo.

O secretário de Saúde do país, Matt Hancock, reforçou: “é claro o quão importante é a segunda dose para garantir a proteção mais forte possível contra a Covid-19 e suas variantes – peço a todos que agendem sua vacinação quando for oferecida”.

“Agora podemos ter certeza de que mais de 20 milhões de pessoas têm proteção significativa contra essa nova variante, e esse número está crescendo à medida que mais e mais pessoas recebem a segunda dose vital. Quero agradecer aos cientistas e médicos que trabalharam sem parar para produzir esta pesquisa”, declarou Hancock.

Uma análise separada da agência indicou que o programa de vacinação contra a Covid-19 no país evitou, até o dia 9 de maio, 13 mil mortes e cerca de 39,1 mil hospitalizações de idosos na Inglaterra.

Vacinação no Brasil

No Brasil, um levantamento feito pelo G1 com dados do DataSUS mostrou que, 4 meses após o início da vacinação, apenas 39% dos idosos tomaram ambas as doses de uma vacina no país.

Apenas 9,72% da população brasileira já recebeu as duas doses de alguma das 3 vacinas contra a Covid aplicadas no país: CoronaVac, Pfizer ou Oxford/AstraZeneca. Na Europa, em comparação, esse percentual é de 16,5%. Nos Estados Unidos, é de 38,9%.