Weverton se reúne com Lula e cúpula do PT

O senador Weverton e o ex-presidente Lula estiveram reunidos na noite de ontem (4), em Brasília.

De acordo com o senador maranhense, foi discutido “o futuro do nosso país e do Maranhão e sobre as jornadas que nos uniram no passado”.

Weverton conversou também com a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, com o ex-candidato a Presidente Fernando Haddad e toda bancada petista no Congresso, em um jantar que dourou até tarde da noite.

“O diálogo ainda é o melhor caminho. Ótima conversa”, disse Weverton após sair do encontro.

Vale lembrar que Weverton foi apoiado por Lula em 2018 e agora busca ter novamente o apoio dos petistas à sua candidatura ao governo

Lula e Bolsonaro ‘desaposentam’ José Sarney

Lula e Bolsonaro, os dois polos da sucessão de 2022, encontraram um inusitado ponto de intersecção: a casa de José Sarney. É como se os interesses paralelos da esquerda e da direita se encontrassem no epicentro do arcaísmo infinito da política brasileira.

Bolsonaro esteve na mansão brasiliense de Sarney na última terça-feira. Pediu o encontro para fazer um aceno ao MDB de Renan Calheiros, o relator da CPI da Covid. O capitão descobriu que, no Senado, a aliança com o centrão não é suficiente para proporcionar uma blindagem plena.

Lula visitará Sarney nesta semana. Solicitou a conversa para sinalizar que não cogita manter sua candidatura presidencial num gueto petista. Fará concessões ao MDB e ao diabo —que muitos acreditam ser a mesma entidade. Não importa que o partido de Michel Temer e Eduardo Cunha tenha derrubado Dilma Rousseff.

Lula permanecerá em Brasília pelo menos até quinta-feira. Cogitava encontrar também Renan Calheiros, com quem conversa amiúde por telefone. Mas Renan achou melhor adiar o encontro, para não dar munição aos bolsonaristas que o acusam de falta de isenção na relatoria da CPI.

Fonte: John Cutrim

Sarney almoça com Lula uma semana depois de ser procurado por Bolsonaro

Depois de ser procurado pelo presidente Jair Bolsonaro e se encontrar com ele, na terça-feira passada, o ex-presidente José Sarney (MDB) almoça, nesta segunda, 3, com o petista Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília. Sarney passou a ser procurado na condição de interlocutor de alto nível pelo governo e pelo PT, maior partido de oposição.

O encontro com Bolsonaro – mais importante gesto de aproximação com o MDB, partido do relator da CPI da Covid, Renan Calheiros – aconteceu às vésperas do início da fase de depoimentos na comissão e em meio a articulações de olho nas eleições de 2022. Além do papel central na CPI, o que preocupa o Planalto, o MDB tem a maior bancada do Senado.

O Palácio do Planalto está em alerta com a atuação de Renan, que mandou duros recados ao governo em seu primeiro pronunciamento após ser nomeado relator na comissão.

Poucos dias depois desse encontro, Renan afirmou a aliados ter desistido da ideia de pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) acesso aos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos. A notícia foi recebida com alívio pelo grupo criado no Planalto para monitorar o avanço da CPI.

O líder do MDB no Senado e integrante da CPI, Eduardo Braga (AM), disse que o encontro de Bolsonaro com Sarney significou “abrir negociação de alto nível” com o partido, mas não deve comprometer os trabalhos da CPI.

Almoço Lula-Sarney – O almoço de Lula com Sarney significa uma sinalização do PT ao centro. Lula dá como certo o apoio de Renan Calheiros e Renan Filho nas eleições de 2022. Entretanto, Renan e Sarney, assim como diversos caciques do MDB, apoiaram o impeachment da presidente Dilma Rousseff em 2016, mas em seguida retomaram a relação com Lula. Enquanto esteve no poder, o petista desenvolveu uma relação de amizade com Sarney.

Em recente entrevista ao GLOBO, a presidente do partido, Gleisi Hoffmann (PR), ressaltou sua boa relação com alguns quadros emedebistas e disse que não descarta alianças nacionais com siglas fora do campo da esquerda.

O MDB se declara independente em relação a Bolsonaro. O partido abriga os líderes do governo no Senado e no Congresso, Fernando Bezerra (PE) e Eduardo Gomes (TO), assim como políticos mais próximos da oposição, como o próprio Renan Filho e o governador do Pará, Helder Barbalho, com autonomia para alianças regionais.

Na eleição para a presidência do Senado, o MDB se sentiu traído pelo governo. Havia um acordo pelo qual, se o Supremo Tribunal Federal (STF) barrasse a reeleição de Davi Alcolumbre, o candidato apoiado seria do MDB. Bolsonaro preferiu apoiar Rodrigo Pacheco (DEM-MG), atual presidente. A candidata do MDB, Simone Tebet (MS), naufragou.

Na Câmara, Baleia Rossi (SP), presidente do MDB Nacional, tentou se eleger presidente com campanha crítica ao governo federal, o que contrariou Bolsonaro. O líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes, chegou a ser cotado para assumir a Secretaria de Governo em março, mas foi preterido por Flávia Arruda, do PL.

A escolha de Renan para a relatoria da CPI foi interpretada como uma retaliação à postura do governo em relação ao MDB nesses episódios.

Da mesma forma que ocorre com o PT, a tentativa de aproximação do governo com o MDB reflete a antecipação da campanha de 2022. Bolsonaro está sendo aconselhado por assessores a ser mais “profissional” do que em 2018, o que envolve melhorar as tratativas com partidos políticos do centro. (Com O Globo).

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Fonte: O informante

Lula vai ao encontro de Sarney

Publicado em 29 de abril de 2021 John Cutrim

Lula desembarcará em Brasília na próxima semana, como já noticiamos.

O petista, de volta à cena política pelos braços de Gilmar Mendes e companhia, se reunirá com gente do seu partido, claro, mas também com Renan Calheiros (MDB), o relator da CPI da Covid, e José Sarney, presidente de honra do MDB.

Vera Rosa conta no Estadão que Lula vê a CPI “como a joia da Coroa” para desgastar Bolsonaro.

O PT escalou Arthur Chioro, ministro da Saúde no governo de Dilma Rousseff, para coordenar a assessoria técnica do partido na CPI em curso no Senado. O partido tem os senadores Humberto Costa (titular) e Rogério Carvalho (suplente) na comissão.

Segundo petistas, as conversas visam restabelecer pontes com quadros do MDB, especialmente do Nordeste, onde a sigla é mais próxima ao petista, e com dirigentes de partidos do Centrão, como PSD e Solidariedade.

A Coluna do Estadão revelou que Lula telefonou para caciques emedebistas do Norte e Nordeste e disse que representa o “centro” no tabuleiro eleitoral. Os petistas querem atrair o chamado “velho MDB”, formado por nomes como José Sarney, Renan e Jader Barbalho, para tentar neutralizar a ala bolsonarista do partido, concentrada nas Regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste.

Além de conversar com deputados e senadores do próprio partido, o ex-presidente também espera em Brasília reforçar os laços com parlamentares do PSB, partido que é considerado prioridade na formação do palanque para 2022.

Segundo dirigentes do PT, a ideia original de Lula, que já tomou a segunda dose da vacina contra a covid-19, era fazer uma caravana que começaria pelo Nordeste. O projeto, porém, foi adiado devido ao agravamento da pandemia. Em Brasília, o ex-presidente vai restringir o número de convidados nos encontros, que serão em um “ambiente controlado”.

Fonte: John Cutrim